quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Schumpeter e a Inovação

por André Feitoza de Mendonça - Trainee - SEBRAE/NA

Na visão do renomado economista Joseph Schumpeter, a economia obedece a um "fluxo circular", onde cada bem produzido encontra o seu mercado. Segundo ele, somente uma inovação é capaz de quebrar esse fluxo monótono, derivando na chamada destruição criativa. Ou seja, uma inovação é capaz de quebrar paradigmas comportamentais e gerar novos hábitos. Essa ruptura gera um novo ciclo monótono à espera de uma nova inovação.

Enquanto esperava uma reunião aqui na UTIC, comecei a ler sobre este autor e me deparei com uma posição do mesmo, no mínimo, inusitada. Schumpeter defende que a verdadeira inovação (capaz de gerar uma destruição criativa) não é motivada preferencialmente pelas necessidades dos consumidores, de maneira espontânea. Ele afirma que as mudanças se originam, portanto, no lado da produção, na maneira distinta de combinar materiais e forças para produzir.

Durante toda a minha vida acadêmica, acreditei que a inovação partia da percepção de uma demanda não atendida. Por conta disso, relutei, num primeiro momento, a aceitar esta posição defendida por Schumpeter. Entretanto, quando comecei a pensar na história recente do invento do youtube, percebi que o renomado economista não estava errado. Será que as pessoas, antes da criação desse site, tinham uma demanda de uma plataforma de compartilhamento de conteúdo visual? Bem, eu acho que não.

A partir dessa reflexão, comecei a pensar qual seria o papel do Sebrae. Reativo no atendimento de demandas explícitas de seu público-alvo? Ou pró-ativo, antecipando tendências e quebrando paradigmas? Talvez a resposta mais correta seria um "mix" desses dois comportamentos.

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