terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Desenvolvimento Territorial e Economia

Hugo Roth Cardoso - Trainee/SEBRAE/NA
hugo.cardoso@sebrae.com.br

Diferenciar crescimento de desenvolvimento econômico é importante fator para a geração das estratégias de desenvolvimento territorial. Ferramentas e soluções de mercado são importante instrumento neste processo, pois não apenas organizam os esforços direcionados para determinado fim como também conferem utilidade e uso imediato para os resultados atingidos.

De posse do conhecimento acumulado acerca de Desenvolvimento Territorial, que observa a integração de um grupo de lideranças locais e a identificação das vocações locais antes de desenvolver as estratégias para seu desenvolvimento na forma mais ampla, que integre o capital humano, natural, intelectual, cultural, social e político presente no território, de forma a empoderá-los para a geração de um ciclo virtuoso de desenvolvimento, atentar para o lado financeiro destes projetos também é relevante, pois também constitui um dos fatores de mobilização dos empresários.

Focar apenas no aspecto financeiro também não gera sustentabilidade para o projeto, pois a presença das lideranças locais e sua constante capacitação é a chave para manter mobilizados os demais atores e agregar participantes locais e regionais ao projeto, além de credenciar o projeto para que articule junte a atores extra-regionais estratégias de desenvolvimento para o território em questão.

A experiência do SEBRAE em projetos de Desenvolvimento Territorial apresenta resultados distintos, cuja aplicação de diferentes soluções permitiu a mudança do patamar gerencial das empresas e o alcance de novos mercados, tanto local quanto nacionalmente, contabilizando ainda empresas que conseguirem acesso ao mercado externo. O uso destas soluções de mercado, no entanto, deve atentar em primeiro lugar para os interesses dos empresários atendidos. A construção dos objetivos do projeto deve ocorrer de forma coletiva, para manter o interesse dos empresários atendidos no cumprimento das metas de gestão.

As formas de ativação da economia local são diversas e abordam desde a conscientização da importância de uma mentalidade compre localmente até a articulação junto a empresas e órgãos públicos para regulamentação de dispositivo que favoreça a MPE nos processos licitatórios. O SEBRAE apresenta, em seu conjunto de projetos disponíveis para a MPE, diversas soluções e alternativas que podem apoiar este processo de desenvolvimento. Algumas das soluções estão relacionadas com inovação e tecnologia dos produtos, como a obtenção de títulos de propriedade intelectual e o desenvolvimento de embalagens mais modernas para os produtos. Alternativas e soluções de canais de comercialização também se fazem presentes, como a aplicação de diagnósticos relacionados à ferramenta Comércio Brasil ou o uso da Bolsa de Negócios. Para aquelas empresas que estejam se posicionamento no mercado apresenta-se também o Click Marketing, ferramenta virtual e gratuita que auxilia na consolidação de um plano de marketing para a empresa.

Outras soluções SEBRAE prestam-se ainda ao desenvolvimento territorial com foco econômico, como a promoção de formas de diferenciação dos produtos valorizando aspectos distintivos do território de origem. Este processo relaciona-se ainda com o aprimoramento das relações entre o território e a economia, tornando a cultura local um valor tangível para o mercado.

O aprimoramento desta relação entre o território e o mercado é fator de desenvolvimento que também retém as pessoas no território, pois gera nestas perspectivas de crescimento sem que precisem desbravar novas localidades, contribuindo assim para diminuir o fluxo emigratório destes territórios. Sabendo que os projetos de Desenvolvimento Territorial englobam grande quantidade de territórios rurais com baixo IDH, ativar a economia local é também fator de atração dos jovens, que passam a observar em sua própria terra de origem oportunidades de crescimento profissional antes vislumbradas apenas em territórios urbanos.

Reconhecer que o mercado não é a última epopéia para os projetos de desenvolvimento, porém parte necessária e constituinte deste processo, é fundamental enquanto estrutura capaz de gerar riqueza e projetar as empresas de determinado território em círculos econômicos cada vez maiores, ligando cada região a elos econômicos mais fortes, o que por conseqüência fortalece a estrutura de todo o sistema econômico.
Para saber mais acesse o texto completo clicando aqui (já editado para impresão de duas folhas por página).

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

EMPRESAS GUIADAS POR IDÉIAS

COMO AS MELHORES EMPRESAS CONSEGUEM RECEBER UM EXTRAORDINÁRIO NÚMERO DE IDÉIAS DOS SEUS COLABORADORES LINHA DE FRENTE

Por Talita Gemina - Trainee - SEBRAE/NA

Em 02/12 aconteceu na Empresa BRASILATA um encontro inovador. Antonio Carlos Texeira Álvares, CEO da empresa, reuniu dois dos maiores pesquisadores dos temas inovação e produtividade no mundo, Alan Robinson (professor da University of Massachusetts) e Dean M. Schroeder (professor da Valparaiso University), para compartilhar o sucesso do Projeto Simplificação.
Segundo os estudiosos, a Brasilata é líder mundial no ranking das empresas inovadoras com a média de 185 idéias por pessoa no ano. Por isso, a importância em observar essa experiência.
A palestra aconteceu durante a tarde, sendo dividida em três principais momentos, os quais serão relatados abaixo:
1) INOVAÇÃO A PARTIR DE TODAS AS PESSOAS E LUGARES
Essa primeira parte foi feita pelo CEO da empresa, Antônio Carlos Texeira Álvares, que se preocupou, primeiramente em conceituar a palavra inovação.
Resumidamente, disse que inovação é a nova idéia que obteve sucesso. Ou seja, idéias não implementadas e/ou implementadas sem sucesso não podem ser chamadas de inovação. Para ele, uma excelente conceituação foi a dada pela empresa 3M: “inovação é uma nova idéia que, implementada, traz resultados”.
O palestrante ainda dividiu a inovação em duas categorias. A primeira é a Inovação Radical que dá surgimento a uma nova indústria ou muda a base de um processo já existente.
Essa Inovação Radical deve trazer grandes resultados, mas isso nem sempre tem a ver com grandes tecnologias. Como exemplo, falou da Southwest Airlines que trouxe um novo conceito de transporte aéreo que a permitiu competir com empresas de ônibus; e, ainda, a Starbucks que descobriu uma nova maneira de vender café sem utilização de grandes tecnologias. No entanto, ambas as empresas mudaram radicalmente a base de processos já existentes trazendo resultados relevantes.
A segunda categoria é a Inovação Incremental. Essa inovação tem como características ser pequena e valorizar a cultura de mudança. Alguns autores dizem que as duas inovações seriam “inimigas”, porém isso não é verdade, pois suas observações mostraram que são grandes aliadas. Por isso afirmou: “Não é, necessariamente, dinheiro e cientistas que trazem inovação”. Para exemplificar, citou grandes empresas que avançaram devido inovações na gestão:
• Apple – nova forma de tarifar músicas (Ipod).
• Google – várias pessoas pagando pequenas quantias.
• CEMEX – empresa de cimento no México que inovou ao garantir entrega em 30min em uma cidade com caos no trânsito (criou uma rede de betoneiras). Além de criar o cimento vendido com crédito bancário.
“What do they have in common?” (o que essas empresas têm em comum?) Todas estimulam o intra empreendedorismo; ou seja, todos os colaboradores estão envolvidos na inovação .
A Brasilata está entre essas organizações inovadores graças ao seu Projeto Simplificação que a colocou como primeira no mercado doméstico e primeira no setor de tintas. Esse ano, recebeu o 10o lugar como uma das empresas mais inovadoras do Brasil pela A.T. Kearney Research.
Seus funcionários são chamados de inventores desde de 2002 .
2) IDEAS ARE FREE (Idéias são de Graça):
Palestrantes: Alan Robinson e Dean Schroeder
Segundo Alan, a Brasilata é um dos melhores sistemas de inovação vistos no mundo. Devido ao fato, os professores procuraram a empresa para conhecer melhor o Projeto Simplificação.
Inicialmente, foi mostrado algumas características que uma estrutura de inovação tem:
a. Percepção que as pessoas da linha de frente vêem coisas que os gestores não conseguem ver.
- Pesquisas mostram que 80% das idéias que uma empresa precisa ter para crescer de um ponto A para um ponto mais elevado B está na cabeça das pessoas da linha de frente, e os outros 20% está na cabeça dos gerentes e/ou alta direção. Porém, deve-se lembrar que esses dois grupos são dependentes entre si.
- Alguns exemplos foram dados sobre a necessidade de prestar atenção ao operacional da empresa:
Em 2009, na Coca Cola, um milhão de reais veio dos projetos da alta gestão e um milhão veio da gerência o que nos dá 17% do resultado anual. Portanto, os 83% restantes (9 milhões) vieram do sistema de idéias.
- Algumas empresas nos U.S.A, na época de crise, viram a necessidade de se economizar 7 milhões de dólares. Mas, como? O planejamento era para economizar 6 milhões provindos de idéias da alta gestão e 1 milhão da linha de frente. O que ocorreu realmente, foi que 5.9 milhões vieram de idéias da linha de frente e 1.1 milhão da alta gestão.
b. Percepção que não é apenas os gerentes que dominam as boas idéias.
c. Respeito pelo que outras empresas tem feito. Processo de Aprendizado deve ser no sentido de descobrir o porquê de estar dando certo algo e “copiar” moldando à sua organização.
O palestrante deu alguns exemplos de empresas que tem essa estrutura, World Class Ideas Systems:
- Boardroom Inc. (2 idéias por pessoa por semana); Gulfstream; BRASILATA (cada pessoa dá, em media, 185 idéias por ano – primeiro lugar); Clarion Hotel Stockholm; Toyota; Milliken, entre outras.
Vale a pena procurar saber um pouquinho de cada uma, lembrando que esse sistema não é uma caixa de sugestões (estrutura muito antiga e que não funciona) e que a fonte da vantagem competitiva não é custo ou qualidade, mas sim a criatividade de sua organização.
Segundo a FILOSOFIA TOYOTA, pode-se dizer que a organização é como um navio e os inventores são como as águas. Abaixo das águas, existem as rochas que são os problemas. Assim, quando as rochas tornam-se visíveis deve haver o sistema de idéias para resolver os problemas e aumentar a quantidade das águas.
Outro ponto importante dessa segunda parte, liderada por Alan, foi sobre o porquê a empresa deve ir em busca de pequenas idéias. Existem alguns importantes pontos a serem observados:
- Ponto1: as pequenas idéias se orientam para os detalhes.
- Ponto2: pequenas idéias são fáceis de serem implementadas (pouca resistência, custo e tempo).
- Ponto3: Grandes idéias são fáceis de imitar, mas as pequenas parecem “invisíveis” aos concorrentes. Torna-se ainda mais difícil para chineses e países da Ásia imitarem as pequenas idéias, pois vai contra a sua cultura dar atenção aos funcionários da linha de frente.
Em um momento, comandado por Dean, foi lançada a pergunta: Por que pessoas trazem idéias? Algumas respostas podem ser colocadas nesse tópico, como a possibilidade de fazer o trabalho ficar mais fácil, ser reconhecido e, até, ganhar mais dinheiro.
Assim, depois de um brainstorm entre os participantes da palestra, concordou-se que um dos primeiros motivos é de tornar o trabalho mais fácil, seguido pela necessidade de ser reconhecido entre chefe e colegas.
Aqui vale lembrar de um tópico discutido: o reconhecimento por meio de premiação. Dean acredita que deve-se ter muito cuidado ao premiar os criativos. Para ele, isso deve ser feito, mas lembrando que a “inovação é o trabalho de todos” (CEO da whilrpool). Ou seja, para premiar é necessário que todos recebam, deve-se criar uma recompensa coletiva; pois, se o sistema se basear em recompensa individual, terá um problema maior no futuro.
Lembre-se que idéias são difíceis de quantificar. A empresa não pode entrar nesse jogo, por isso o ideal é que a inovação seja uma cultura organizacional e não uma meta temporária.
Na construção dessa cultura, segundo Dean, tem-se como um dos primeiros passos o treinamento dos supervisores. Esses têm que ser os primeiros a aprender a dar valor às idéias, eles têm a responsabilidade de encorajar os funcionários da linha de frente.
E o que fazer com as más idéias? Estas não devem ser vistas como um inimigo que deve ser morto e esquecido. As “más idéias” são oportunidades para a empresa observar as lacunas existentes em treinamentos, capacitações e processos. Então, veja o problema e estimule soluções.
Deve-se entender também que há como aprender a ser mais criativo. Dean falou sobre Leonardo da Vinci quem, há muitos anos atrás, em seus escritos, dizia que seu modo de ser mais e mais criativo era manter sempre às mãos um caderno de anotações para escrever coisas sobre as quais queria pensar mais atentamente.
A partir desse exemplo, Dean e Alan, disseram que o 1o passo para tornar-se mais criativo seria: Keep a Journal! Ou seja, mantenha um caderno de anotações para escrever tudo que quer lembrar depois – seu cérebro não é um computador!
OBS.: Temos apenas 2h para lembrar o que aconteceu. Logo, se não escrevermos esqueceremos de partes importantes dos nossos dias e experiências. Somos criativos quando conectamos as coisas que ninguém conectou antes. Quanto mais conectamos o que passa a nossa volta, mais criativos seremos.
3) PERGUNTAS
Após o momento da palestra, abriu-se espaço para perguntas e debates onde foi exposto exemplos interessantes da própria BRASILATA e respondidas dúvidas dos participantes.
Entre as perguntas posso destacar uma que é muito corrente: Como calcular o valor financeiro das idéias, seu custo-benefício?
o Apesar de algumas empresas japonesas terem calculado, chegando a conclusão de que a cada $1,00 (um dólar) gasto para executar a boa idéia economiza-se $5,00 (5 dólares), deve-se lembrar que, se cada idéia for analisada e quantificada se tornará um processo burocrático e demorado. Isso desestimulará qualquer “inventor”.
o Texeira foi enfático ao dizer que “Calcular retorno de pequenas idéias é perda de tempo”. Mas, se a idéia for de altíssimo custo, deixa de ser uma pequena idéia e passa a compor um projeto de investimento.
o Alan colocou ainda que isso seria o que chamam de ILUSION OF CONTROL (ilusão de controle da alta gestão): não há como se quantificar perfeitamente as idéias.
Aqui, encerra-se a palestra deixando a frase do CEO da Brasilata, professor Teixeira, que disse: “O PROJETO É A ALMA DA EMPRESA, É NOSSO JEITO DE COMPETIR”. Portanto, assim como as pesquisas para aumentar a qualidade são necessárias, apesar de seu alto custo, o Projeto Simplificação é necessário para competir sem medo de fácil imitação.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Trilhas de Aprendizagem


Ampliar e diversificar as opções de aprendizagem dos colaboradores que participam dos cursos e disciplinas on-line. Com esse objetivo, a UCSEBRAE criou as Trilhas de Aprendizagem. Compostas por 14 áreas de conhecimento, as Trilhas têm a função de nortear o percurso profissional, construir competências e otimizar o desempenho dos colaboradores de forma personalizada. Entre as várias opções, é possível escolher por onde, como e quando começar. O processo de aprendizagem é auxiliado por um guia de estudo disponível para cada uma das Trilhas. São 782 soluções de aprendizagem, divididas em vídeos, livros, artigos on-line, dicas on-line, manuais, políticas e procedimentos, estudos de caso on-line, palestras, cursos on-line e presenciais, disciplinas on-line, desafios investigativos, visitas técnicas e planos de ação.
Se você é empregado acesse: http://www.uc.sebrae.com.br/ e inicie uma trilha.

Schumpeter e a Inovação

por André Feitoza de Mendonça - Trainee - SEBRAE/NA

Na visão do renomado economista Joseph Schumpeter, a economia obedece a um "fluxo circular", onde cada bem produzido encontra o seu mercado. Segundo ele, somente uma inovação é capaz de quebrar esse fluxo monótono, derivando na chamada destruição criativa. Ou seja, uma inovação é capaz de quebrar paradigmas comportamentais e gerar novos hábitos. Essa ruptura gera um novo ciclo monótono à espera de uma nova inovação.

Enquanto esperava uma reunião aqui na UTIC, comecei a ler sobre este autor e me deparei com uma posição do mesmo, no mínimo, inusitada. Schumpeter defende que a verdadeira inovação (capaz de gerar uma destruição criativa) não é motivada preferencialmente pelas necessidades dos consumidores, de maneira espontânea. Ele afirma que as mudanças se originam, portanto, no lado da produção, na maneira distinta de combinar materiais e forças para produzir.

Durante toda a minha vida acadêmica, acreditei que a inovação partia da percepção de uma demanda não atendida. Por conta disso, relutei, num primeiro momento, a aceitar esta posição defendida por Schumpeter. Entretanto, quando comecei a pensar na história recente do invento do youtube, percebi que o renomado economista não estava errado. Será que as pessoas, antes da criação desse site, tinham uma demanda de uma plataforma de compartilhamento de conteúdo visual? Bem, eu acho que não.

A partir dessa reflexão, comecei a pensar qual seria o papel do Sebrae. Reativo no atendimento de demandas explícitas de seu público-alvo? Ou pró-ativo, antecipando tendências e quebrando paradigmas? Talvez a resposta mais correta seria um "mix" desses dois comportamentos.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Conhecimento Existe Quando é Compartilhado

por Pedro Henrique Vasconcelos e Valadares - Trainee/SEBRAE/NA

A pesquisadora Naomi Klein, que é uma das referências em estudo de marca, afirma que “o desejo e marcar-se para ser parte de uma comunidade, ser parte de algo maior que si mesmo é uma coisa profundamente humana que fazemos”. No mundo cada vez mais submerso em informação e mudanças rápidas, o maior diferencial para um profissional é a credibilidade e a habilidade para fazer contatos.

Para demonstrar essas competências o profissional precisa comunicar-se. A internet levou a comunicação a um novo patamar, como afirma Klein, “não basta ter uma nova idéia, você tem de contar sua história, sua narrativa, a narrativa da sua marca”. E não há lugar mais propício para expor idéias hoje do que na internet. Por meio de um blog, por exemplo, você pode divulgar seus pontos de vista, suas opiniões, demonstrar sua capacidade analítica e sua habilidade para concatenar idéias.

Várias instituições já estão tirando proveito dessas possibilidades trazidas pela internet para conhecer melhor a “marca” dos seus funcionários. O Sebrae, por exemplo, exige que cada um dos 20 trainees que ingressaram no 2º Programa de Trainees tenham um blog e publiquem pelo menos um post por semana sobre sua experiência na instituição.

Da mesma forma que a instituição passa a contar com um novo instrumento de avaliação, os colaboradores passam a ter um novo espaço para “vender” suas idéias e contar suas histórias. Nesse ponto, o blog passa a ser instrumento do marketing pessoal.

E o colaborador também ganha a oportunidade de apresentar competências que podem ser úteis à empresa em diversas áreas não somente em que ele está lotado. Por outro lado, a instituição passa a contar com uma espécie de banco de talentos. Por isso, é importante que o colaborador saiba aproveitar a ferramenta para tratar de diversos assuntos dos que tem conhecimento e que não se restrinja somente ao trabalho que está desempenhando atualmente.

Como afirma Clóvis Barros Filho “não se trata de abordar algo já conhecido para nomeá-lo, e sim nomeá-lo para que possa existir. A linguagem é causa da existência sua representação”. Em outras palavras, não adianta ter conhecimento e não compartilhá-lo, pois ele só passa a existir no momento em que é partilhado. Ferramentas não faltam!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Dia Nacional do Livro

Da Redação
Nesta sexta-feira (29), o Sebrae comemora o Dia Nacional do Livro com a notícia de ampliação da oferta dos conteúdos multimídia. O objetivo é apoiar as diretrizes da UCSEBRAE para o aprendizado continuado de suas equipes. O colaborador pode acessar, de forma livre e gratuita, páginas e textos completos das principais publicações criadas pelo Sistema SEBRAE. Basta entrar no site da Bilbioteca On Line.

O espaço dispõe de um acervo digital de artigos, monografias e livros sobre empreendedorismo, microempresas e empresas de pequeno porte, entre outros assuntos relacionados à gestão de negócios. A Biblioteca on line conta com com 3.464 títulos e, desde que foi criada, já teve mais de 13 milhões de downloads http://www.biblioteca.sebrae.com.br/

No mesmo endereço eletrônico encontram-se disponíveis os conteúdos da Biblioteca Virtual Pearson, com uma seleção de centenas de títulos universitários, em português, acessíveis on line para leitura em tela e impressão. A Biblioteca Virtual possui ferramentas avançadas de pesquisa, organizador de páginas favoritas, anotações e recursos de acessibilidade a deficientes visuais. Fazem parte da Biblioteca Virtual os seguintes selos editoriais: Printice Hall, Financial Times, Makron Books e Addison Wesley http://sebrae.bvirtual.com.br/login

Biblioteca Física SEBRAE

Atualmente, encontra-se disponível um acervo com mais de 12 mil títulos, diversos livros, jornais de grande circulação, revistas, memórias, referências, monografias, dicionários e DVDs, entre outros. Em abril de 2009, a Unidade de Gestão de Pessoas do Sebrae Nacional (UGP) assumiu a gestão da Biblioteca Física e a incorporou à Universidade Corporativa. Com isso, os títulos adquiridos foram vinculados às temáticas e soluções oferecidas pela Universidade http://www.uc.sebrae.com.br/ (na aba biblioteca).

Constantemente são realizadas doações e empréstimos a várias instituições parceiras e a bibliotecas estaduais do SEBRAE. Para empréstimos, renovações e reservas aos usuários, a biblioteca permanece aberta das 13h às 18h. Na nova sede, ela está localizada no Térreo Inferior. A partir de 2011 o horário de atendimento será expandido.
Livros são os mais silenciosos e constantes amigos, os mais acessíveis e sábios conselheiros e os mais pacientes professores. (Charles W. Elliot)
Contribuiu Shelbia Mata da Unidade de Gestão de Pessoas/NA

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O Universo é Aqui Dentro

O apagão de talentos e o aumento da concorrência levam grandes empresas brasileiras a adotar o modelo da universidade corporativa. O objetivo é inovar e se diferenciar no mercado, formando não apenas os colaboradores, mas também públicos estratégicos.

por Alexandre Moschella
Contribuição enviada por: Bruno Montenegro Belo Leal Chagas - Trainee/SEBRAE

O advogado e educador americano Derek Bok, reitor da Universidade Harvard de 1971 a 1991, apresentou um dos mais célebres argumentos em favor do investimento no ensino: se você acha a educação cara, experimente a ignorância. Talvez Bok estivesse pensando apenas no sistema normal de ensino, mas a ideia é cada vez mais válida também no mundo empresarial. A chamada universidade corporativa, modelo que se diferencia da capacitação tradicional pelo ensino continuado e pelo alinhamento sistemático com a estratégia da organização, virou pré-requisito para a competitividade de muitas empresas. Os projetos se multiplicam em reação a dois fenômenos que desafiam os gestores das empresas: o apagão de talentos em diversos setores da economia e a necessidade de inovar para se diferenciar em um mercado globalizado e cada vez mais competitivo. “Nesse contexto, surge a necessidade de um modelo sistemático de desenvolvimento de pessoal pautado pelas competências estratégicas, aquelas que garantirão a qualidade e a sustentabilidade de todos os processos da companhia”, diz Marisa Eboli, coordenadora do curso de gestão da educação corporativa da Fundação Instituto de Administração (FIA). Sistematizar significa inserir o treinamento técnico tradicional em um contexto mais amplo, que inclua a formação contínua de colaboradores e também de outros públicos, como os revendedores, e a disseminação da cultura e dos valores da organização. Os resultados esperados são funcionários mais qualificados e motivados, baixo turnover e melhor desempenho. Justificando o nome “universidade”, surge assim um novo nível, mais universal, da educação corporativa: é quando a companhia (re)inventa continuamente sua própria força de trabalho.

No país de Bok, berço desse modelo, existem mais de 2 000 universidades corporativas (UCs). A principal referência ainda é o pioneiro centro de treinamento da General Electric, em Crotonville, criado em 1956. A multinacional de serviços e tecnologia, apontada neste ano em um estudo mundial da consultoria de recursos humanos Hay Group como a empresa que mais incentiva o desenvolvimento de líderes, informa que, por enquanto, não tem planos de replicar o sistema em território brasileiro. Mas suas discípulas, de qualquer modo, proliferam por aqui. O Brasil assistiu a um verdadeiro boom de UCs na última década. No fim dos anos 1990, havia apenas uma dezena delas no país. Hoje, já são mais de 300, calcula Marisa Eboli. “Embora ainda não exista um levantamento completo, é seguro dizer que a universidade corporativa surgiu no Brasil na década de 1990 e se consolidou na de 2000”, afirma a especialista. No ano passado, a Pesquisa Nacional de Práticas e Resultados da Educação Corporativa, realizada pela FIA, definiu o perfil mais comum das companhias que adotam esse modelo educacional: são de grande porte e atuam em cadeias de produção globais e complexas, que envolvem vários públicos. É o caso das empresas que mantêm algumas das maiores UCs do país, como a Petrobras, o Banco do Brasil e o Grupo Algar. Com o crescimento das próprias empresas no Brasil e o aumento da competitividade no cenário da globalização, a educação chega a ser alçada ao status de unidade de negócios formal dentro de algumas organizações. “As transformações do mercado nos levaram a adotar essa medida em 2006”, diz Roger Lahorgue Castagno Júnior, gerente de desenvolvimento corporativo da Bematech, empresa de equipamentos e sistemas de gestão para automação comercial, com sede em Curitiba, no Paraná.

Como unidade de negócios, a Universidade Bematech, criada em 2003, virou um centro de custos independente, com direito a mais investimentos e infraestrutura física, mas também com o dever de mostrar resultados concretos no balanço final e na sustentabilidade da empresa — a razão de ser de toda universidade corporativa. “A boa gestão do conhecimento significa uma vantagem competitiva”, afirma Castagno. Responsável pelo planejamento estratégico da Bematech e também pela universidade, ele trabalha com a gerência de RH para identificar as necessidades de capacitação da força de trabalho e desenvolver os cursos da UC. “O comprometimento da alta direção com a universidade é fundamental”, afirma. “As UCs existem porque é nítido o gap entre o meio acadêmico e a prática. Encarando a educação como um pilar estratégico, podemos preencher esse vazio e agregar novos valores à organização.”

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Se você parar, a tecnologia te engole

Por Pedro Henrique Vasconcelos e Valadares - Trainee/SEBRAE
Vivemos a era da informação. Com a popularização da internet, todos podem ter seu próprio espaço para expor idéias. A maioria das instituições já perceberam o poder das tecnologias virtuais e cada vez mais estimulam seus colaboradores a se expressar por meio delas.
Apesar da oportunidade oferecida pela internet, muitas pessoas continuam a ignorar a rede e se dedicar a formas “tradicionais” de trabalho. Por exemplo, ainda vemos músicos sofrendo para vender CD e virando a cara para a venda de músicas avulsas na internet.

As empresas estão cada vez mais buscando agilidade, o que há de sobra na internet. Dessa forma, percebe-se que o mundo virtual na verdade está envolvendo a maioria dos processos das organizações. Se você acha que é exagero, basta visitar uma grande empresa em um dia em que a internet não está funcionando. Você perceberá que o funcionamento das instituições está cada vez mais dependente desse mundo virtual.

As instituições virtuais têm alcance muito maior do que a estrutura real. Os processos das empresas estão cada vez menos dependentes da estrutura física. Esse caminho já começa a levar várias instituições a adotar um gerenciamento orientado para a entrega, no qual os empregados se tornam mais independentes dessa estrutura empresarial convencional e passam a fazer seus próprios horários e em muitos casos não precisando nem sair de casa para trabalhar.

Como afirma a pesquisadora Naomi Klein, o que se deseja com as novas tecnologias é “o espaço ininterrupto, e isso significa novo espaço”, ou seja, a instituição ao se libertar da sua estrutura física pode se expandir para qualquer lugar onde estiverem seus colaboradores. Um exemplo, a Universidade Corporativa do Sebrae pode ser acessada de um iphone, isso significa que o empregado pode fazer cursos em qualquer lugar.

Outro exemplo do aumento do potencial das empresas proporcionado pela tecnologia são as videoconferências. Elas possibilitam que pessoas de vários estados se “reúnam” sem precisar viajar. No Sebrae, 80% das pessoas que utilizam esse recurso afirmam economizar viagens e, conseqüentemente, economizar dinheiro, que pode ser empregado nos projetos. Percebe-se então que aqueles que ignoram a tecnologia brevemente não estarão apenas defasados, como também estarão indo contra a economicidade que é um dos preceitos que rege as organizações que recebem verbas públicas.

Na medida em que as instituições passam a adotar novas posturas, quem não estiver disposto a se adaptar pode ficar para trás. Como assevera Noemi Klein: “fundamentalmente, a questão é de autodeterminação, portanto é uma questão muito antiga e não uma questão nova”.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Inclusão Virtual - Como utilizar as ferramentas virtuais para ganhar em competitividade

por Hugo Henrique Roth Cardoso - Trainee/SEBRAE
O constante aprimoramento das ferramentas de internet, bem como o desenvolvimento de novos produtos e serviços, gera uma nova oportunidade para as Micro e Pequenas Empresas se comunicarem com o mercado. Realidade já estabelecida, a inclusão digital hoje cede espaço à inclusão virtual, que visa inserir os interessados no ambiente da internet e dele retirar mais benefícios.
Sabendo que todas as empresas possuem a necessidade de comunicar o que produzem, pois esta é uma necessidade inerente a qualquer negócio e fator decisivo na manutenção da empresa, o ambiente virtual oferece ferramentas cada dia mais sofisticadas para consumar esse objetivo. Uma vez desenvolvida a ferramenta de relacionamento virtual, esta pode ser acessada por milhões de pessoas tanto no mercado doméstico quanto no internacional, gerando um custo de atendimento marginal próximo a zero.
Dois aspectos relevantes devem ser discutidos na promoção de ambientes virtuais, quais sejam, sua fundamentação e as oportunidades decorrentes.
Urge o desenvolvimento desta plataforma virtual a realidade hoje consolidada na sociedade: o uso das redes sociais de relacionamento tornou-se fato comum no quotidiano; a internet faz parte do dia a dia da sociedade, incluindo seus mecanismos de busca que procuram ordenar o vasto conhecimento disponível.
As redes sociais, com destaque no Brasil para o Orkut, e na Europa e Estados Unidos, o Facebook, hoje são ferramentas não só de relacionamento pessoal entre as pessoas, mas também de contato profissional, base para entrevistas de emprego e ambiente de divulgação de marcas, conceitos e eventos, de shows a candidatos políticos. Outras redes, como o Twitter, apresentam oportunidades distintas, com espaço padronizado para divulgação (o mundo em 140 caracteres, como veiculado acerca do sucesso do portal). Outra categoria que começa a avançar no Brasil é a de compras coletivas, com portais como Peixe Urbano, que agregam consumidores interessados num mesmo produto para barganhar descontos em sua aquisição. O potencial de exploração destas redes pelas Micro e Pequenas Empresas é relevante em vista de sua facilidade de uso e abrangência do público alcançado. A cautela deve ser observada na implementação desta estratégia, visto que da mesma forma que a rede pode beneficiar a empresa, sua natureza não hierárquica torna possível a disseminação de informações não convenientes aos seus interesses de mercado, como produtos com falha ou que não entenderam as expectativas de consumo.
Nas grandes cidades, em especial onde se concentra o mercado consumidor, a dificuldade em encontrar serviços e produtos pelas pessoas é atenuada pela busca na internet de quem atenda seus interesses. Nos mecanismos de busca na internet trafegam informações sobre preferências dos consumidores, termos de busca mais relevantes e principais dados transmitidos/inseridos na rede mundial de computadores. Estar presente na internet, ser localizado pelos mecanismos de busca, é fator de competitividade e sobrevivência para a empresa, esta precisa comunicar o que produz, como já dizia o velho Abelardo Barbosa, o Chacrinha, “quem não se comunica se trumbica”. Irreverências à parte, a moderna lista telefônica é o Google, o oráculo moderno com soluções em serviço e tecnologia também.
De posse das razões que fundamentam o uso de ambientes virtuais como estratégia de marketing para a Micro e Pequena Empresa, passamos agora à observação das oportunidades decorrentes dessa iniciativa.
A comunicação direta junto ao cliente final permite a uma marca trabalhar conceitos que circundem seu produto e sua identidade de consumo. O canal de relacionamento entre clientes e empresa gera oportunidades de mercado e receptividade, considerando ainda o auxílio dos clientes na construção de conceitos.
Quando da compra de determinado produto ou serviço o espectro de escolha vai desde um produto até uma marca: pode-se optar pela commodity ou pela marca, pode-se obter um produto genérico ou específico. A comunicação pelo ambiente virtual permite a consolidação de identidade das marcas, relacionando-as a conceitos ou categorias de consumo que pelas vias tradicionais de divulgação demandariam onerosos recursos para atingir um público restrito geograficamente.
A comunicação direta entre a Micro e Pequena Empresa e o cliente final permite que a receptividade de novos produtos ou conceitos seja testada antes de seu lançamento em larga escala no mercado, além de fortalecer o intercâmbio de informação sobre produtos existentes ou experiências advindas de seu consumo. Ao promover o feedback dos clientes estes passam a se sentir parte do produto desenvolvido, o que influencia ainda na fidelização. A facilidade de contato enriquece a experiência da marca e motiva novos relacionamentos entre a empresa e o cliente.
Reconhecer as ferramentas virtuais e nelas vislumbrar oportunidade de desenvolvimento para seu negócio é fator de diferenciação das empresas modernas, que se retiram da competição por espaço e mídia nos veículos tradicionais e passam a competir pela competência que demonstram e pela qualidade de seu produto, seu poder de cativar o cliente a expressar sua experiência de consumo.
Plataformas virtuais de relacionamento fornecem ampla capacidade de atendimento e divulgação contínua para as empresas. A oportunidade de explorar este mercado exige da mesma forma cautela para que a investida virtual não gere repercussão negativa para a empresa. A preparação profissional para dar esse passo é fator de diferenciação entre aqueles cujo resultado será favorável ao negócio e aquelas empresas cujo trabalho não atingirá os ganhos de escala possíveis com as ferramentas.
Bibliografia:
Banda Larga. Disponível em . Acesso em 06/10/2010.
KIM, W. Chan & MAUBORGNE, Renee. A Estratégia do Oceano Azul. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 258 p.
NOBREGA, Clemente & LIMA, Adriano. INNOVATRIX. São Paulo: Agir, 2010. 168 p.
VAYNERCHUK, Gary. Vai fundo! São Paulo: Agir, 2010. 192 p.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Palestra marca dois anos da Universidade Corporativa

por Tatiana Alarcon

O surgimento de novas – e poderosas – tecnologias de colaboração está alterando radicalmente a natureza do trabalho, as fronteiras da empresa, a competitividade e as responsabilidades das pessoas. É a partir desse conceito, chamado Enterprise 2.0, que o tecnólogo americano Andrew McAfee apresentará aos colaboradores do Sebrae, nesta quinta-feira (7), suas teorias sobre tecnologias sociais de ruptura, que estão mudando o modo como as empresas competem, constroem marcas, inovam e interagem com clientes.

A palestra é mais um evento em comemoração aos dois anos da Universidade Corporativa Sebrae. Criada em 2008, a Universidade Corporativa surgiu com o propósito de promover condições para a educação continuada dos colaboradores do Sistema Sebrae, diretos e indiretos. “Nesses dois anos, a Universidade ampliou e diversificou suas ofertas e seu público-alvo, consolidando-se como uma estratégia no desenvolvimento de competências”, diz Alzira Vieira, gerente da Unidade de Gestão de Pessoas.

Com o tema ‘As Novas Tecnologias de Colaboração’, o palestrante vai abordar as dificuldades e os desafios para promover mudanças no ambiente de trabalho, e como o surgimento de novas tecnologias de colaboração pode influenciar essas mudanças.
A palestra será realizada no auditório do Nacional, a partir das 9h30, mediante inscrição prévia dos participantes. Os colaboradores do Sebrae de outras Unidades Federativas interessados no tema também poderão acompanhar a palestra em tempo real, pela internet, no endereço webcast4.isat.com.br/sebrae/ucandrewmcafee.
Autoridade em tecnologia

Autor do Best-seller Enterprise 2.0, Andrew McAfee é uma das maiores autoridades no mundo em tecnologia da informação. Atualmente, é diretor científico de pesquisa do Center for Digital Business da Sloan School of Management do Massachusetts Institute of Technology (MIT) e membro do Berkman Center for Internet and Society da Universidade de Harvard. É autor de vários artigos e mais de 90 cases e peças didáticas.

Serviço:
Data: 07/10/2010
Local: Auditório
Horário: das 9h30 às 12h
Inscrições por email: camila.drumon@sebrae.com.br

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A LEI GERAL E OS MUNICÍPIOS


por Luiz Carlos Oliveira de Almeida
Coordenador Regional do SEBRAE
em Feira de Santana – BA


Mais que um diploma legal, uma conquista. É assim que entendemos o advento da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo Presidente da República. Com ela, as MPEs poderão gozar de benefícios e incentivos capazes, não somente, de fortalecer o segmento, mas de propiciar a promoção do bem-estar nos diferentes municípios da Federação.

Com a Lei Geral, que traz em seu bojo questões importantes para o desenvolvimento municipal, os empreendimentos de menor porte poderão ter facilitado o acesso a programas de inovação e de tecnologia, além de obterem significativa redução da burocracia e dos tributos, beneficiando-se, ainda, do acesso facilitado às compras governamentais e ao crédito, e de outras medidas que contemplam um tratamento diferenciado a esse importante extrato da economia nacional. Constitui-se, inegavelmente, num valioso item da agenda de desenvolvimento do Brasil, uma vez que introduz avanços e melhorias no ambiente de negócios que abriga os empreendimentos de menor porte. Se mais não fosse, poderíamos afirmar que o fortalecimento das MPEs, conseqüência natural da aplicação da Lei, traz, de imediato, um enorme incremento na oferta de trabalho e na qualidade de vida dos habitantes das nossas cidades e um substancial aumento da arrecadação municipal - sem elevação das alíquotas de impostos - pela expansão da base contributiva, disponibilizando-se, por aí, maiores recursos para a promoção do bem-estar social.

Não restam dúvidas de que o desenvolvimento dos municípios passa, inequivocamente, pelo fortalecimento dos negócios de menor porte, segmento este que, presente em todos os quadrantes do território nacional, torna-se elemento essencial e capaz de dar maior e melhor conseqüência às políticas de uma mais adequada distribuição dos frutos do desenvolvimento de um país. É, nessa essencial condição estratégica, associada a características peculiares ao seu tamanho e à sua cultura organizacional – que é, em última instância, o reflexo da cultura do nosso povo – que as micro e pequenas empresas constituem-se, indisfarçavelmente, em um dos mais eficazes instrumentos para oferecer oportunidades de emprego e ocupação produtiva, com reduzido custo social, ao tempo em que gera ou complementa a renda familiar e minimiza as migrações internas desfavoráveis. Fortalecendo-se as MPEs têm-se como desaguadouro natural o desenvolvimento dos municípios, a fixação do homem em suas origens e a obtenção, por esse processo, de melhores condições para interiorização do desenvolvimento econômico e social dessas pequenas unidades da Federação.

A Lei, entretanto, não deve dormitar nos escaninhos dos gabinetes oficiais. Necessário – imprescindível, mesmo – que as lideranças locais – públicas e privadas – se mobilizem no sentido de dotar os municípios desse valiosíssimo instrumento para o seu desenvolvimento. Não seria cansativo relembrar as palavras do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, que, ao ver sancionada a Lei, afirmou que se o acontecimento representava uma batalha ganha, era preciso, entretanto, continuar a luta para garantir que os empresários possam usufruir dos seus benefícios. É justamente isto que se deseja neste momento: que todos os municípios brasileiros, sem uma única exceção, possam ter a sua Lei das Micro e Pequenas Empresas no âmbito – e com vigência – dos seus territórios, para que possamos, sem os obstáculos de outrora, criar as condições que nos tirem do incômodo patamar de “país da informalidade”. Com a promulgação da Lei em nossos municípios, teremos estabelecido, além dos benefícios anteriormente citados, um compromisso de ajudar as empresas a se formalizarem e crescerem, criando-se um novo e moderno modelo na nossa economia e um mais justo vínculo empregatício para a nossa classe trabalhadora, que passa a ser absorvida de forma civilizada e formalizada, melhorando, dessa forma, suas condições de vida pessoal e de seguridade social, e aquecendo, com a sua contributiva participação, a cadeia econômica do país.Diante disso, não temos dúvidas em afirmar que, mais que uma manifestação de vontade, a aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, no âmbito dos municípios, passa a ser um compromisso. Um compromisso com o futuro.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Divulgação





Conheça o Blog da Unidade de Desenvolvimento Territorial/SEBRAE/NA

Territórios em Rede
Micro e pequenas empresas brasileiras como protagonistas do desenvolvimento territorial.

O Blog Territórios em Rede foi criado para que todos os colaboradores que atuam em projetos e ações relacionadas ao desenvolvimento territorial mantenham-se informados. O blog é aberto à participação. Além da inclusão de comentários e notícias, há espaços para publicação de artigos e relatos de experiências pessoais. A sessão “Eu vi” foi criada para estimular o compartilhamento de informações relevantes obtidas na participação em eventos ou na visita a projetos. Já em “Eu Li” é possível publicar resenhas ou opiniões pessoais sobre livros de interesse da área.

Para publicar os textos, basta enviar para Clarice Veras no e-mail clarice.veras@sebrae.com.br. O material passará por uma avaliação prévia para posterior publicação.

Participe!
http://territoriosemrede.wordpress.com/

quarta-feira, 10 de março de 2010

Universidade de Brasília terá disciplina sobre Empreendedorismo e Inovação


Por meio de parceria entre o Sebrae e a UnB, pela primeira vez a matéria será oferecida para estudantes de pós-graduação de todos os cursos.

Regina Mamede

Brasília - Um Convênio de Cooperação Técnica e Financeira foi celebrado entre a Universidade de Brasília (UnB) e o Sebrae para o ensino de ‘Empreendedorismo e Inovação’ na sala de aula. A cerimônia de assinatura do documento aconteceu nesta terça-feira (9), no Salão de Atos da Reitoria, na UnB.O convênio prevê pesquisa, desenvolvimento, aplicação e validação da metodologia de ensino. Esta é a primeira vez que será oferecida essa disciplina para os estudantes de pós-graduação, mestrado e doutorado de todos os cursos. O conteúdo ainda está em fase de desenvolvimento, mas deve contemplar o ensino e o estímulo para busca de soluções, criação e gestão de empreendimentos competitivos. A primeira turma será formada no segundo semestre deste ano e a proposta é que esse projeto-piloto possa ser estendido a outras universidadesO presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, ressaltou a importância da parceria com instituições de ensino. “Trabalhamos para que o país tenha cada vez mais empreendedores graduados, que possam trazer mais conhecimento, inovação e valor agregado às micro e pequenas empresas”, afirmou.Okamotto defendeu o estreitamento dos laços entre o Sebrae e as instituições de ensino superior.“Essa é uma resposta à expectativa de estabelecer vínculos mais estreitos com o Sebrae. O conhecimento aplicado requer dos agentes econômicos uma atitude que não pode ser empírica. Vamos construir uma referência de formação”, afirmou o reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Júnior. Também fizeram parte da mesa de honra da assinatura do convênio o diretor Técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, o diretor do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília, professor Luís Afonso Bermúdez, e a coordenadora de Apoio à Pesquisa, professora Márcia de Aguiar Ferreira, representando o Decanato de Pesquisa e pós-graduação da UnB.


Serviço: Agência Sebrae de Notícias – (61) 3348-7494 e 3348-7256 www.agenciasebrae.com.br

segunda-feira, 8 de março de 2010

Celular abre espaço no ensino a distância

Depois do computador, cursos empresariais começam a ganhar versões para aparelhos móveis

Por Ana Luiza Mahlmeister - Valor Economico - 12/01/2010

Em uma sala de aula da Universidade Federal de Pernambuco, o professor Silvio Meira, cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar) recebe uma pergunta de um aluno que chega por meio do Twitter no celular. A resposta do professor é então "twittada" por esse mesmo aluno para o estudante que estava fora da sala de aula. Em se tratando de um professor do Cesar, incubadora de empresas ligadas à inovação, essa não é uma típica sala de aula universitária, mas a tecnologia não está longe de alcançar o ensino tradicional e até descriminalizar o uso do celular nas escolas.Antes de chegar às salas de aula, o celular começa a se firmar como uma importante ferramenta de treinamento no mundo empresarial, como uma extensão do canal tradicional de e-learning, realizado por meio do computador. No ano passado, o mercado de produtos para e-learning nos Estados Unidos atingiu US$ 16,7 bilhões e a demanda vem crescendo em torno de 7,4%, podendo chegar a US$ 23,8 bilhões em 2014, segundo a consultoria Gartner. Não há dados para o mercado brasileiro nessa área, medido apenas pelo crescimento das empresas que fornecem treinamento. Desde sua criação em 2005, a Ciatech, de São Paulo, dobrou o faturamento ano a ano, alcançando R$ 16,5 milhões em 2009. Recentemente, três empresas cariocas do setor - EduWeb, QuickMind e Milestone - uniram-se na Affero, que teve receita conjunta de R$ 20 milhões no ano passado. A webAula, de Belo Horizonte, cresceu 100% nos últimos dois anos, com receita de R$ 10,7 milhões e 130 clientes.O crescimento da internet móvel e a diversidade de opções de dispositivos como telefones inteligentes, netbooks, "tablets" e leitores eletrônicos de livros colocam a mobilidade como o próximo passo do e-learning. Por enquanto, há mais projetos do que efetivamente treinamentos disponíveis no celular. O banco Votorantim prevê a oferta de cursos neste ano e o banco Itaú, que iniciou testes em 2009, estuda a implantação do modelo.O treinamento no celular é interativo e voltado tanto para a força de vendas remota quanto para funcionários dos escritórios fora de seu ambiente de trabalho. Os treinamentos focam em pílulas de conhecimento, geralmente uma revisão do que foi aprendido de forma presencial e no computador. "Os textos não podem ser maiores que aqueles do Twitter. É interessante também oferecer pequenos vídeos de curta duração que chamam a atenção do aluno", comenta Márcia Naves, superintendente da Universidade Corporativa do grupo Fiat. A unidade de treinamento do banco Votorantim vai oferecer neste ano cursos que serão acessados por 9 mil funcionários e cuja evolução natural será uma versão para celular. O banco oferece informações sobre produtos e serviços e autodesenvolvimento (acordo ortográfico, controle de finanças, comunicação escrita etc). "Para o celular, a ideia é oferecer treinamentos de 15 a 30 minutos na área de vendas consultivas e financiamento de veículos, por exemplo, em que é possível passar informações complementares rapidamente, já que a maioria dos vendedores conta com telefones inteligentes", afirma o gerente de treinamento Paulo Audician. O banco planeja desenvolver de quatro a seis cursos para computador por mês durante 2010 com duração de uma a duas horas. "A aceitação do treinamento no computador já é muito boa, tanto que a demanda é maior do que a equipe é capaz de desenvolver. O celular será uma nova oportunidade de mídia, um novo canal para receber esse treinamento executivo", diz Audician.O grupo Fiat iniciou incursões pelo e-learning em 2009 quando registrou 105 mil acessos a cursos voltados a recursos humanos e vendas. "Todos os treinamentos são desenhados com visão de futuro, ou seja, tanto para plataforma web quanto para dispositivos móveis", afirma Márcia Naves. Na sua visão, o treinamento no celular serve para consultas rápidas e pode ser muito enriquecido com recursos de vídeo, que chamam a atenção do aluno. No grupo, toda a parte de treinamento em simuladores de algumas peças e sistemas, como o GPS (Global Positioning System), é oferecido via computador. No lançamento do carro Cinquecento, em outubro do ano passado, o treinamento para toda a equipe foi transmitida de forma presencial, mas os procedimentos da parte teórica foram virtuais, por meio do e-learning. Antes da Fiat, Márcia trabalhou em uma operadora de telefonia móvel, onde formatou um curso de atualização dos gerentes de lojas acessado pelo celular. "Com isso, os gerentes se atualizaram rapidamente sobre as novas configurações dos produtos que as lojas estavam recebendo em todo o país. Um curso assim seria impossível na forma presencial", diz a executiva. A Universidade Corporativa da Fiat fornece esse serviço para outros clientes, fora do grupo, que já demandam treinamento via celular. Fornecedores de sistemas de e-learning como a Ciatech, de São Paulo, a Affero, do Rio de Janeiro, e a webAula, de Belo Horizonte, vislumbram um novo mercado na plataforma móvel. Alex Augusto, executivo-chefe da Ciatech, que iniciou a oferta de cursos para dispositivos móveis no ano passado, avalia que a demanda por esse tipo de treinamento representa menos de 5%. "A ferramenta tecnológica encarregada de automatizar e gerenciar os eventos de treinamento à distância, a LMS Atena, permite acesso às informações independentemente de o usuário realizar o curso no computador ou por meio do celular", diz Augusto.Segundo Marici Soares Becherer, superintendente de educação corporativa do banco Itaú, o treinamento no computador não pode passar de 50 minutos. No celular, a ideia é oferecer apenas lembretes para reforço dos cursos no computador. No ano passado, o banco ofereceu um curso de formação de gestores, com diversos módulos, incluindo vídeos, que os funcionários podiam acessar tanto do computador quanto pelo celular. O e-learning é bastante popular no banco, que conta com 510 cursos ativos e recebe em média 40 mil inscrições mensais. De acordo com Alex Augusto, da Ciatech, a procura por treinamento móvel vem principalmente de empresas que precisam formar muita gente ao mesmo tempo. "Trata-se de um modelo muito eficaz para equipes de vendas que estão constantemente em campo e que não estão em frente ao computador o dia todo. Além disso, o curso se alinha com a convergência, ou seja, num único equipamento o usuário é treinado, pode falar, acessar seus e-mails, tratar de assuntos do escritório", destaca.Um dos grandes desafios é tornar o treinamento atraente para quem passa muito tempo no computador. "Até pouco tempo, o e-learning era muito chato, com alto índice de abandono antes de sua etapa final", diz Augusto. Isso mudou com os recursos interativos. Em 2000, a Ciatech ampliou seu quadro de funcionários com roteiristas de TV e de cinema e jornalistas para desenvolver cursos mais lúdicos e interativos. Uma das experiências de ensino móvel desenvolvido pela Ciatech foi para o grupo Telefónica, da Espanha. A empresa criou um curso sobre as novas regras de trânsito para taxistas de Madri, que acessaram o treinamento por meio de um aparelho da Palm. A tecnologia móvel foi complemento de um projeto maior, que envolveu também o curso no computador.A Affero começa 2010 com uma carteira de 120 clientes e conteúdo focado em plataforma móvel. Empresas das áreas farmacêutica, de consumo, varejo e telecomunicações, que necessitam de recursos de mobilidade para treinar profissionais, são segmentos que já demandam o serviço. "O mercado móvel não representou mais de R$ 1 milhão em 2009, mas a demanda tende a crescer muito nos próximos anos", afirma o sócio diretor da Affero, Daniel Orlean.A webAula, de Belo Horizonte, estendeu seus cursos do ambiente fixo para o móvel. A empresa lançou o webAula Mobile, que permite aos alunos que fazem treinamento no computador acessar fóruns e biblioteca de conteúdos no celular.
Enviado por João Augusto Pérsico da UASF - SEBRAE/Nacional

quarta-feira, 3 de março de 2010

Inscrições Abertas

A Universidade Corporativa SEBRAE está com as inscrições abertas até o dia 16/04 para os seguintes cursos:

- Formação Social e Política do Brasil,
- Intraempreendedorismo e Inovação nas Organizações,
- GEOR.

Início: 03/05 - Término: 23/07 - (12 semanas)

Carga-horária: 40hs

Acesse o site http://www.uc.sebrae.com.br/, confira as disciplinas disponíveis para o seu espaço ocupacional e inscreva-se! As vagas são limitadas!