sexta-feira, 8 de abril de 2011

Estratégias governamentais de inovação e desenvolvimento sustentável

O superintendente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Marcos Rogério de Sousa debateu desafios e inovações na segunda parte do workshop Inovações e Competitividade no painel "Estratégicas e Instrumentos Governamentais de Inovação - Aproximação, Pesquisa, Financiamento e Fomento", durante a Semana de Capacitação do Sebrae.

Para sintetizar a inserção da inovação na agenda nacional, o especialista abordou a sensibilização dos governantes, parlamentares, academias, setor produtivo e o papel do Sebrae.

Segundo ele, a inovação está diretamente ligada ao fortalecimento da capacidade de inovação das empresas brasileiras, o aumento das exportações de bens e diminuição da importação de itens estratégicos de produção.

Já um dos desafios centrais citado foi o aumento de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em relação ao PIB, que em 2010 teve 1,23% da participação. "O objetivo é ter um salto significativo até 2014, algo em torno de 1,8%", adiantou Rogério.

O painel também abordou as áreas prioritárias para avanço da tecnologia como petróleo e gás, informação e comunicação, saúde, produtos químicos, energia, indústria e bens de capital.

A inovação foi o foco central do workshop. Um dos convidados especiais para o painel, o secretario de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ronaldo Mota, falou sobre o tema. "No século passado, inovação tinha a ver com tecnologia, hoje se tornou muito mais amplo. Inovação está associada à existência do mercado global", enfatizou.

De acordo com o secretário, o motor da competitividade e desenvolvimento sustentável para investimentos públicos e privados é a palavra chave para os próximos dez anos. No entanto, segundo Mota, o Brasil é um país “manco”. "O Brasil não tem a mesma simetria que os outros países. Alguns setores foram hábeis em produzir e transferir conhecimentos, o setor de agronegócios é um exemplo mas outros setores como a indústria, não teve esse papel", argumentou.

Em se tratando dos desafios, Mota também considera a educação como o maior gargalo para inovar. "Formar gente para inovar é o grande tema desse século mas essa formação não é a curto prazo", finalizou.

Sustentabilidade

Um dos desafios do Sebrae também é transmitir a visão de sustentabilidade para as micro e pequenas empresas. Por isso, a sustentabilidade também ganhou foco durante o evento.
O diretor executivo da empresa Marca Ambiental, Rogério Francisco Gonçalves abordou a visão de desenvolvimento sustentável na plenária "Sustentabilidade Ambiental e Pequenos Negócios: Conflitos ou Oportunidades".

Um dos desafios para o desenvolvimento sustentável através de recursos renováveis, segundo o palestrante, é a quebra de paradigmas sociais e econômicos a respeito da reutilização.

Para Gonçalves para ter a visão de desenvolvimento sustentável é necessário novos conceitos de mercado, novos critérios para os consumidores de produtos e serviços e inovação. "O que é lixo para um é matéria-prima para outros, esse ciclo se reinicia e não tem fim. No entanto, ainda existe o preconceito sobre o uso e compra de produtos re-manufaturados", reiterou.

O analista do Sebrae, Jorge Rincón abordou em sua palestra a destinação correta dos resíduos sólidos para o desenvolvimento sustentável. "A legislação estabelece que todos nós somos responsáveis pelo plano de gestão de resíduos sólidos. Até 2014, cada município terá que fazer a destinação correta do lixo e acabar com os lixões a céu aberto", declarou Rincón.

As cidades Caxias do Sul e Londrina foram citadas como exemplo de como proceder corretamente com os lixos urbanos. E o recolhimento de baterias de celulares e reciclagem de pneus pelas empresas como exemplos importantes.

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