quarta-feira, 6 de abril de 2011

Semana de Capacitação: Como fazer um Brasil inovador?

O segundo grupo de palestras da Plenária da 19ª Semana de Capacitação do Sistema Sebrae debateu a inovação e a competitividade na MPE. Os palestrantes foram Reinaldo Ferraz de Sousa, do Ministério de Ciência Tecnologia (MCT) e o professor Silvio Meira.

Sousa defendeu que o governo deve atuar de forma a criar um ambiente mais favorável para a inovação e afirmou que no Brasil “não falta cultura da inovação. Falta oportunidade de inovação”.

O assessor afirmou que os agentes financeiros estão disponibilizando mais recursos para pesquisas inovadoras. Para Silvio Meira, a inovação acontece no mercado. “Para inovar, você precisa encontrar um descontentamento”. Essa necessidade a empresa vai encontrar por meio de uma demanda latente ainda não atendida ou por uma necessidade que ela mesma vai criar.

Segundo Sousa, o Brasil investe atualmente 1,2% do PIB em ciência e tecnologia. “No Brasil, a posição ainda é modesta”. Ele acredita que o principal problema é falta de pessoas capacitadas para inovar. “O gargalo na área de inovação está em recursos humanos”, opina. “Se não se olhar para esse lado, qualquer plano passa a ser fracassado”.

Silvio Meira cobra agilidade e assertividade nos investimentos. De acordo com o professor, se o país não investir sofrerá a invasão de produtos de países mais inovadores. “A China já é o segundo maior investidor em ciência e tecnologia no mundo, o resultado desse investimento vai aparecer quando mais produtos chineses começarem a chegar ao mercado em breve”.

Segundo Sousa, a Ministério de Ciência e Tecnologia está elaborando estratégias para “diminuir a necessidade de importação de itens estratégicos”. O assessor explica que é preciso aumentar o número de itens de alta e média tecnologia na pauta de exportação brasileira. Atualmente, o Brasil se destaca como exportador de produtos primários, ficando atrás da Argentina e do México em itens de maior valor agregado.

Meira defende o uso mais estruturado do recurso. Ele combate a idéia de o Governo funcionar como uma “UTI” de empresas. “O investimento deve ser em pequenas, micro e médias empresas promissoras”.

O professor acredita que a atuação do estado deve ser a de reduzir as barreiras para o desenvolvimento da inovação. “Tem três coisas que o Governo deve fazer para desenvolver o país: educar as pessoas, criar oportunidades de empreender na física e na jurídica e sair da frente”, brincou.

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