quinta-feira, 7 de abril de 2011

Inovação e Competitividade em pauta

Inovar, competir e crescer foram as palavras-chave do workshop III Inovação e Competitividade da 19a. Semana de capacitação da Universidade Corporativa do Sebrae.

Os painéis realizados nesta manhã de quinta-feira (07), em Brasília, trouxeram os temas "Encadeamento Produtivo: estratégia para o fortalecimento das MPE no Mercado Global" e "Inovação: a agenda do desenvolvimento Nacional".

O primeiro, com o foco no empreendedorismo e competitividade, foi introduzido pelos painelistas Roberto Alvarez e Fausto Cassimiro e o segundo pelos economistas Paulo Mol e Miriam Machado.

Segundo o gerente e coordenador de Desenvolvimento Industrial do Banco Desenvolvimento Internacional (BDI), Roberto Alvarez, é necessário explorar pontos importantes para disseminar o conceito de encadeamento produtivo.

"A transformação da economia brasileira, o plano mundial e as oportunidades e desafios associados, as plataformas de inovações e o importante ciclo em que o Brasil passa", citou o palestrante. Para ele, a competitividade é o ponto-chave para o futuro do País.

Para Alvarez a oportunidade de criação de negócios no Brasil hoje é um ponto positivo, mas que traz sérios desafios. Para crescer com foco no encadeamento produtivo é preciso ter um olhar sobre o mundo, segundo o especialista.

Foram citados países como a China, no qual o processo de trabalho é baseado na agregação e no crescimento cientifico tecnológico.

Investir em educação universalizando seu acesso é outro desafio primordial para o crescimento e fortalecimento da economia. "Não tem como prosseguir se não houver um aumento no investimento em áreas tecnológicas", afirmou Alvarez.

Outra barreira é o domínio das línguas que são ferramentas básicas e necessárias. Nesse contexto, construir articulações práticas e efetivas é a ideia da plataforma de inovações sugerida por Alvarez para gerar novos negócios.

"Países procuram manter a competitividade com estratégicas de desenvolvimento. As empresas brasileiras também devem investir em inovação. Temos que fazer com que as empresas emergentes cheguem mais próximo das líderes", ressaltou Roberto.

Para finalizar, Alvarez enfatizou que o Brasil precisa encarar o desafio da inovação. Para isso não é necessário apenas conhecimento tecnológico mas de negócios. "Muitas empresas têm um bom produto mas não conseguem vender. No processo de inovação existem oportunidades que as micro e pequenas empresas precisam explorar", completou.

Encadeamento produtivo

O gerente adjunto da Unidade Industrial do Sebrae Nacional, Fausto Cassimiro, introduziu o conteúdo com as perguntas: Por que fazer encadeamento produtivo?; O que é encadeamento produtivo?; e Como posso fazer?.

Para responder tais questionamentos, o Cassimiro fez uma comparação entre as micro e pequenas empresas em relação às grandes empresas no mercado exterior e brasileiro.

"No exterior, as micro e pequenas empresas buscam clientes específicos de mercado. Nos países industrializados poucas competem com o mercado de massa. Já no cenário do mercado brasileiro, as micro e pequenas competem com o mercado de produtos de massa e poucas com o mercado especifico", explicou.

Segundo Cassimiro, desde a década de 90, o Sebrae trabalha com o tema Encadeamento Produtivo que são relacionamentos cooperativos de longo prazo e mutualmente atrativos.

Em sua apresentação, Fausto mostrou o que as grandes empresas demandam e o que as micro e pequenas desejam ofertar. Além disso, ressaltou a importância de se investir em gestão e tecnologia para se ter competitividade.

Inovação

O foco principal do segundo tema "Inovação: a agenda do desenvolvimento nacional" foram as estratégias e principais passos da inovação. O economista da CNI Paulo Mol falou sobre a importância de trazer para dentro da empresa a ideia de inovação.

"A inovação é um instrumento para aumentar a produtividade de qualquer empresa e a agenda traz as diferenças das empresas a longo prazo com estratégias estruturais para 5, 10, 15 anos", explicou.

Segundo o economista, a Mobilidade Empresarial pela Inovação (MEI) começou em 2008. "Muitas empresas sabiam a importância da inovação mas não tinham ações concretas para desenvolvê-la. O objetivo da MEI foi atrair empresários para construir uma agenda de inovação para o Brasil", enfatizou.

A inovação gera valor de mercado e existe por causa da competitividade empresarial. A MEI tem como objetivo levar o tema para todos os estados brasileiros e fundir a ideia.

A economista e diretora da diretoria técnica do Sebrae, Miriam Machado, explicou que inovar é fazer melhorias, é introduzir novas formas de atuação dentro da empresa". E acrescentou: é mais dinamismo, mais produtividade e competitividade. E a competitividade é irmã gêmea da inovação".

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