quarta-feira, 6 de abril de 2011

Semana de Capacitação: Podemos ser um país empreendedor?

As primeiras palestras da Plenária foram realizadas pelo professor Marcelo Neri e o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Rômulo Paes. Os dois trataram do tema “Inclusão produtiva e fortalecimento do fortalecimento das MPE e dos EI”.

Marcelo Neri abordou o crescimento da classe média e diminuição da desigualdade no país. De acordo com pesquisador, comparado com os outros Brics, o Brasil é o país menos desigual. “Na China o crescimento dos 20% mais rico é duas vezes mais do que os 20% mais pobres. No Brasil, isso é ao contrário. O crescimento maior é na base”.

Neri rebateu a linha que afirma que a diminuição da desigualdade está baseada somente ancorada nos programas sócias. “Dois terços do crescimento brasileiro vem da renda do trabalho. É um crescimento produtivo”.

O professor afirmou também que o Brasil é um país otimista e citou o ranking que coloca o país em 17º entre 144 países no quesito felicidade. Porém, Neri acredita que o otimismo não tem contribuído para o desenvolvimento de novos negócios. “O Brasil não é ainda um país de empreendedores. O sonho do brasileiro é ser um empregado, é ter carteira assinada”.

Ele disse que em uma pesquisa realizada com a pergunta “você pretende abrir um negócio nos próximos seis meses?” o Brasil ficou na 52ª posição entre 100 países.
Segundo o pesquisador, nos últimos anos o Governo deu os pobres ao mercado, agora é hora de dar mercado ao pobre e um desses caminhos é o incentivo ao empreendedorismo.

O Secretário executivo do MDS, Rômulo Paes, destacou a importância dos programas sociais para o crescimento da economia brasileira. De acordo com Paes, ao aumentar a renda dos mais pobres, toda a cadeia produtiva que atende esse segmento.

Ele lembrou que é preciso criar uma rede de assistência que traga estabilidade às camadas mais desfavorecidas. “As pessoas muito pobres tem mais dificuldade para entrar no mercado de trabalho e saem mais rápido”.

O secretário refutou a tese de que programas sociais desestimulam a procura por ocupação. “Os programas sociais não pretendem substituir a renda do trabalho e sim complementá-la”.

Paes alertou ainda que os programas de distribuição de renda ajudam a combater o excesso de concentração da renda familiar, que é um ponto sensível par aos país atualmente. “De acordo com pesquisas, 80% da população alteraria de forma extrema seu status sócias se um membro da família adoecesse ou morresse”.

Os palestrantes defenderam o investimento em educação para criar um ambiente de negócios favoráveis desde a base.

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